Geometria Analítica Plana I
(Fórmulas)
Foi dado prioridade ao estudo das fórmulas afim de
compreendê-las, tentei evitar decorar sinais e variáveis
pois não colaboram com o entendimento. A base de estudo
é o círculo trigonométrico, é fundamental a
compreensão da tangente de um ângulo.
Após o estudo da Trigonometria (ponto, reta, ângulo,
triângulos, semelhança de triângulo e
congruência de triângulo) teremos base para o
desenvolvimento do estudo da reta.
1. Reta
Para determinar uma reta é preciso de no mímino
dois pontos. O seu ângulo de inclinação
é
determinado por estes dois pontos. Dois pontos da reta é o mesmo que um
ponto da reta e seu ângulo de inclinação.
1.1. Tangente de um Ângulo ou Ponto (tan
ou tg)
No círculo trigonométrico um ponto P
pode pertencer ao
1º, 2º, 3º ou 4º quadrante. A tangente de um
ângulo θ é
igual a coordenada-y sobre a coordenada-x
do ponto P para o respectivo
ângulo.
tgθ = y/x => y =
tgθ.x (equação da reta 0P)


Tangente de Ângulos
Suplementares/Complementares

θ+α = 180º => tgα = -tgθ => tgθ = -tgα
θ+α = 90º => tgθ = 1/ tgα
Obs:
eixo-x (cosseno), Domínio = [-1,1]
eixo-y (seno), Contradomínio = Imagem = [-1,1]
eixo-t (tangente)
tgθ = senθ/cosθ
1.2. Equação Reduzida da
Reta
É sempre oportuno resolver uma equação da reta
através de dois pontos de
intersecção com os
eixos. Para deterninar a inclinação é necessário dois pontos da reta.
A equação reduzida utiliza um ponto de intersecção com o eixo-y e o
ângulo de inclinação.
Para x = 0 => y = ?
Para y = 0 => x = ?

a: coeficiente ângular
b: coeficiente linear
1.2.1. Reta Horizontal/Vertical
É uma constante.

A fórmula y = ax+b não server para representar retas verticas porque:
Inclinação (α)
|
Tangente
|
0º
|
0 (0/1= 0)
|
180º
|
0 (0/-1 = 0)
|
90º
|
não existe
|
270°
|
não existe
|
Caso α = 0º => y = 0.x+ b => y = b. Teríamos uma reta horizontal
já que y é constante.
Caso α = 90º => tg90º (NÃO EXISTE), a reta não corta o eixo-t, além
de que:
tg90º = sen90º/cos90° = 1/0 => NÃO EXISTE divisão por zero.
IMPORTANTE: Em tecnologia, de forma geral, sempre existe uma
tolerância, uma faixa de medida que não influência na funcionalidade de
um dispositivo mecânico, elétrico, etc. Com isso, podemos trabalhar com
faixa de medidas que pula, salta o ângulo de 90º. Devemos fazer
operações matematicamente corretas nos projetos.
1.3. Equação Segmentada da Reta
Utiliza apenas os dois pontos de intersecção com os
eixos.


1.4. Equação Geral da Reta
Uma reta é identificada no sitema cartesiano por dois pontos que
produzem
triângulos retos semelhantes.
Na figura abaixo os triângulos retângulos formados pela
reta e sua
inclinação tem os lados proporcionais. A constante de
proporção é justamente a tangente do ângulo.
O desenvolvimento dessa proporção gera a
Equação Geral da Reta
que pode ser disposta em forma de
um determinante.

A
tangente de um ângulo é sempre (para qualquer quadrante)
obtida
pela divisão da diferença entre a coordenada-y de
módulo maior e a coordenada-y de módulo menor sobre a
diferença das respectivas coordenadas-x. O módulo
é apenas uma indicação, não faz parte do
cálculo.Padronizando
da forma destacada acima diferenciamos o sistema cartesiano e o sistema
trigonométrico. Usa-se o ponto mais externo da reta tendo como base a
origem do sistema trigonométrico.
As coordenadas no sistema
cartesiano e no sistema trigonométrico formam triângulos semelhantes.

1.4.1. Retas Paralelas
São retas que possuem as mesmas inclinaçoes ou
coeficientes ângulares.

Duas retas paralelas possuem coeficientes A e B da
equação geral da reta diretamentes proporcionais.

Os
coeficientes A e B podem ser substituidos por A' e B' e vice-versa nas
equações porque são proporcionais, ou seja, a
tangente das duas reta não se alteram.
1.4.2. Retas coincidentes
É um caso particular de duas retas paralelas onde os
três coeficiente são proporcionais ou b = b'.

1.4.3. Distância Entre Dois Pontos
Tanto faz fazer a subtração de coordenadas
começando com P1 como foi feito ou com P2, pois o resultado
será elevado ao quadrado. Usa-se a fórmula do teorema de
Pitágoras.

1.4.4. Ponto Médio De Um
Segmento
Por semelhança de triângulo, o ponto médio entre
dois pontos (fica na hipotenusa) tem suas
respectivas coordenadas como médias das coordenadas desse pontos.

1.6. Reta Normal A Outra
Reta r: A.x + B.y + C = 0
Reta n: y = -x/tgθ
Quando a reta r tem
ângulo de inclinação θ = 0º ela é
coincidente ao eixo-x, ou seja, positiva para a direita, o eixo-x serve de
referência. A medida que a reta r
gira em torno do ponto de intersecção com o eixo-x a
inclinação aumenta e a orientação positiva
da reta acompanha esse giro.
A reta n tem a própria
reta r como referência.

Exercício Esquemático:
Dado uma reta r cuja função é
y=ax+b qual é o ponto de intersecção com sua reta normal?
Resolução:
Já sabemos que o coeficiente
ângular da reta n é o inverso
e negativo da reta r, portanto
é -1/a. Por definição de reta normal, n
passa pelo origem do sistema de referência (0,0), consequentemente o
seu coeficiente linear é zero. Com isso a função da reta normal é
y=(-1/a)x.
Portanto o ponto de intersecção satisfaz ambas equações:
r: y=ax+b => ax-y+b=0
n: y=(-1/a)x=> (-1/a)x-y=0
Resolvendo o sistema de duas equações e duas incógnitas encontraremos o
ponto de intersecção.
1.6.1. Equação Geral Na
Forma Normal
Uma mesma reta
pode ter uma equação geral e uma
equação na forma normal, essa equação na
forma normal é a equação geral em
função da reta normal, ou seja, a equação
na forma normal NÃO é a equação da reta
normal.
Na equação geral da reta cada ponto é
determinado através de suas coordenadas que são
calculadas pela tangente da sua inclinação. A figura
anterior identificou a reta normal a uma outra reta e sua
inclinação em função da
inclinação dessa outra reta.
Vamos agora refazer a equação da outra reta em
função da reta normal. Assim, poderemos comparar a
equação geral da reta com a equação dessa
mesma reta na forma normal.

1.6.2. Equação Geral Na Forma Normal Com Apenas
Coeficientes Da Forma Geral
Conforme desenvolvimentos anteriores, a Equação Ax
+ By + C = 0 e x.cosβ + y.senβ - p = 0 tratam-se da mesma
reta, a equação geral é obtida em
função da sua própria inclinação
(θ) e a equação geral na sua forma normal é
obtida em função da inclinação da reta
normal (β) a ela.
Como ambas equações são equações
gerais da mesma reta, ou seja, retas
coincidentes, os seus três coeficientes são
proporcionais.

Uma alternativa para não decorar "regras" que indicam os sinais de k
é montar o gráfico da reta e achar o valor de β,
como cosβ/A = k e o valor de A é dado saberemos o valor de k. β e θ no sentido
anti-horário (mesmo sentido).

Exemplo:
Para uma reta com equação geral igual a 4x - 6y -10 = 0
deteminar o valor p entre a
origem e a intersecção com a reta normal de
inclinação β e reduzir a
equação na forma normal.
Solução:

Equação Geral na Forma Normal => C e k = 1/√A²+B² => -p/C =
k => -p = C.k
A
vantagem de uma equação geral na forma normal com apenas
coeficientes da reta geral é
que em apenas uma equação há
informação de duas retas, isto é, uma reta
qualquer e a constante k que possibilita encontra os valores β e p
da reta normal .
1.7. Distância De Um Ponto A Uma
Reta
Dado a equação geral de uma reta e um ponto, a distância deste
ponto a essa reta é calculado de imediato aplicando a fórmula abaixo.
Para o ponto P'(x',y')
a distância até a reta r
é d.
1.8. Distância Da Origem
A Uma Reta
Distância da origem P'(0,0) a uma reta r. É um caso
particular da distância de um ponto a uma reta onde Ax'=A.0=0 e
By'=B.0=0;

1.9. Distância Entre Duas Retas
Paralelas
Sejam r e s duas retas paralelas a distância de um ponto P' ∈ s até a reta r é:
Os coeficientes A e B são proporcionais respectivamente a A' e
B', portanto as
retas paralelas não se alteram se substiruir um
pelo outro (A e B por A' e B') porque ambas retas possuem coeficientes
angulares iguais, -A/B = -A'/B', ou seja, a declividade é
a mesma.
r: Ax + By + C = 0
s: A'x + B'y + C' = 0=> Se somarmos C
no dois membros teremos:
A'x + B'y + C' + C = C => A'x +
B'y + C = C - C'
Basta substituir C-C' na fórmula da distância de um ponto a uma reta:

Obs: proporcionais
não
quer dizer iguais.
Outra alternativa é subtrair as
distâncias dos dois ponto até a origem:

1.10. Intersecção e ângulo entre
Duas Retas
São duas retas que tem um ponto em comum ou seja,
não são paralelas (os coeficientes A e B não
são proporcionais). O ponto em comum satisfaz as duas
equações.
A geometria pura ensina que duas retas concorrentes (cruzam) formam 4
(quatro) ângulos sendo que os ângulos opostos pelo vétice são iguais.

Para determinar um ângulo entre duas retas orientadas devemos
padronizar esse ângulo.
Para uma reta orientada no espaço tem-se determinado o seu ângulo de
inclinação que determina a sua direção e o seu sentido. Por exemplo,
inclinação de 0º a reta tem direção
horizontal e sentido
para direita, tal como o eixo-x. Ou seja, tratamos a reta como um
vetor, porém, sem módulo.
Podemos definir um ângulo formado por duas retas orientadas no espaço
como sendo formado pelo ponto de interseção entre ambas as retas e cuja
lados são formados pela orientação positiva de tais retas. Podemos
considerar também que um ângulo formado por duas retas orientadas é
formado pelo ponto de interseção entre ambas as retas e pelos lados que
seriam formados pelo ponto de intersesçao e um ponto de cada reta.
Fazendo dessa forma podemos generalizar o ângulo entre duas retas e não
criar artifícios que enganam o entendimento. Se dizessemos que o ângulo
entre duas retas varia, de 0º a 180º está correto, porém, não indica
qual o sentido positivo da reta.

Para demonstrar através de desenho todas as possibilidades de ângulo
entre duas retas orientadas vamos trabalhar com pontos. Assim, o ponto P é a interseção entre a reta r e a reta s. O ponto A pertence a reta r e o ponto B pertence a reta s. Portanto, conforme figura abaixo,
o ângulo formado entre as retas r e
s é o ângulo de vértice P e lados PA e PB.

Conforme figura acima os pontos A e B podem ocuparar 10 (dez) posições
diferentes em relação ao eixo-x e ao eixo-y. Isso é decorrente de uma
combinação com repetição dos pontos A e B em relação aos quatros
quadrantes formados pelo eixo-x e eixo-y.
C4+2-1,2 = C5,2 = 5!/[(5-2)!.2!]=10
Que corresponde aos pares de quadrantes: ab, ac, ad, bc, bd, cd, aa,
bb, cc, e dd.

Distribuindo os pontos A e B nos quadrantes a,b,c e d da figura acima
teremos as seguintes possibilidades:

β1: inclinação da reta r.
β2: inclinação da reta s.
β1>β2
θ = β1-β2
É comum afirmar que o ângulo entre duas retas que se cruzam variam de
0º a 180º, isso se deve a:
β1 de 0º a 180º tem declividade igual a tgβ1.
β1 de 180º a 360º tem declividade igual a tg(β1-180º).
β2 de 0º a 180º tem declividade igual a tgβ2.
β2 de 180º a 360º tem declividade igual a tg(β2-180º).
Por exemplo, ao girar a reta r
em 30º ou 180º+30=210º a reta r
terá a mesma declividade, porém com orientações opostas.
1.11. Equações Paramétricas da Reta
As equações paramétricas de uma reta são
duas equações que estabelecem uma relação
entre as variáveis principais, x
e y, e outra variável
real e secundaria t chamada
parâmetro.
Por exemplo:

A
variável x e a variável y dependem do parâmento t. Vejamos como fica o gráfico da
função correspondente a equação acima:

x = t - 4 => t = x + 4
y = 3t + 8 => t = (y - 8)/3
x + 4 = (y - 8)/3 => y = 3x + 20
Exercícios resolvidos.
1) Determine a equação
segmentária de uma reta que
corta o eixo-x no ponto 3 e o eixo-y no ponto 8.
Solução:
A equação segmentaria depende apenas dos pontos de
interseção com os eixos ordenados dessa forma devemos
escrever que a reta é dada por:
2) Determine a equação geral da reta de
equações paramétricas x = 2 + 3t e y = 5 –
4t.
Solução:
A forma mais simples é isolar t
nas duas equações e depois igualá-los, veja:

Isolando os termos da
igualdade no 1º membro temos:

3) Determine a equação da reta que passa pelo ponto
P(3,2) e tem direção normal ao vetor n = (5, -4).
Solução:
Se a reta tem direção normal ao vetor (5,-4) então
ela admite uma equação geral da forma 5x - 4y + C =
0, onde o coeficiente C será
determinado pelo ponto P que
pertence a
reta.
5(3) - 4(2) + C = 0
15 - 8 + C = 0
C = -7
Logo, a equação geral da reta será:
5x - 4y - 7 = 0
Confirmação,vejamos a figura abaixo: f(x) = ax + b

A declividade (tangente) da reta vetor é:
[(-4) - 0]/(5 - 0) = -4/5
A reta normal ao vetor terá declividade: 5/4 (inverso e sinal contrário)
A equação da reta será: y = (5/4).x + b, como temos o ponto (3,2),
então:
y = (5/4).3+b = 2 => b= -7/4
y = (5/4).x - 7/4 => (5/4).x -y - 7/4 = 0 (multiplicando por 4)
5.x -4y -7 = 0
2. Área de Um
Triângulo
Para três pontos não colineares que formam um
triângulo qualquer
a sua área é a metade da base vezes a altura referente a
base. A base
corresponde a distância entre dois pontos e a altura corresponde
a
distância do outro ponto à base. Três pontos
não colineares determinam um plano.
Revisão:

Solução:

Exercício 1
As equações dos lados de um quadrilátero
são 3x - 8y + 36 = 0, x + y -10 = 0, 3x - 8y - 19 = 0 e x + y +
1 = 0. Mostrar que a figura é um paralelogramo e deteminar as
coordenadas de seus vértices.
Solução:
Para que as quatro equações forme um paralelogramo
é necessário que haja duas retas paralelas que
interceptam outras duas retas que também são paralelas.
Retas paralelas possuem os coeficientes A e B proporcionais:
Montar o gráfico:
r1: 3x - 8y + 36 = 0 => y = (3/8).x +9/2 => Para x = 0 y = 9/2.
Para y = 0 x = -12.
r2: 3x - 8y - 19 = 0 => y = (3/8).x - 19/8 = > Para x = 0 y =
-19/8. Para y = 0 x = 19/3
r3: x + y -10 = 0 => y = -x + 10 => Para x = 0 y = 10. Para y = 0
x = 10.
r4: x + y + 1 =0 => y = -x - 1 => Para x = 0 y = -1. Para y = 0 x
= -1.
r1//r2 e r3//r4
Calcular os sistemas:
Duas retas se interceptam quando não são paralelas,
portanto r1 e r2 interceptam r3 e r4.

Exercício 2
1) Mostrar que três retas concorrentes A1x+B1y+C1=0, A2x+By2+C2=0
e A3x+B3y+C3=0 possue o determinante formado por seus coeficientes
igual a zero:

Solução:
Sistema de três equações e três
incógnitas.

Exercício 3
2) Determinar analiticamente que as medianas de qualquer
triângulo são concorrentes.
Solução:
Basta
determinar que duas medianas não são coincidentes e nem paralelas, logo
são concorrentes em um ponto. Se duas medianas são concorentes duas a
duas, logo as três medianas são concorentes.
Obs:
Análise geométrica.

Exercício 4:
Dados três pontos distintos P1(x1,y1), P2(x2,y2) e P3(x3,y3) em uma
circunferência, como achar seu ponto central?
Solução:
Propriedade: três pontos não colineares formam um triângulo, cuja área
é diferente de zero (0).
A circunferência circunscreve o triângulo.

O centro da circunferência é a intersecção
entre as mediatrizes chamado circuncentro. As mediatrizes são
perpendiculares aos lados do triângulo e os interceptam no
respectivo ponto médio. Portanto, as mediatrizes pertencem as
retas normais aos respectivos lados do triângulo.
Na figura abaixo temos:
Os pontos P1(x1,y2), P2(x2,y2) e P3(x3,y3).
Os pontos médios M1(xm1,ym1) e M2(xm2,ym2)
r1: reta que contem os pontos P1 e P2, cuja inclinação é α1.
r2: reta que contem os pontos P2 e P3, cuja inclinação é α2.
n1: reta normal a r1 em M1, cuja inclinação é θ1.
n2: reta normal a r2 em M2, cuja inclinação é θ2.

Etapa1: achar os pontos médios.
xm1 = (x1+x2)/2 e ym1 = (y1+y2)/2 => M1(xm1,ym1)
xm2 = (x2+x3)/2 e ym2 = (y2+y3)/2 => M2(xm2,ym2)
Etapa2: achar as inclinações
das retas r1 e r2.
tgα1 = (y2-y1)/(x2-x1)
tgα2 = (y3-y2)/(x3-x2)
Obs:
tgα1 = (y1-y2)/(x1-x2)
tgα2 = (y2-y3)/(x2-x3)
Etapa3: achar as inclinações
das retas normais n1 e n2.
tgα1 = -1/tgθ1 => tgθ1 = -1/tgα1
tgα2 = -1/tgθ2 => tgθ2 = -1/tgα2
Etapa4: montar as equações das
retas normais n1 e n2.
A declividade de n1 (tgθ1) e o ponto M1(xm1,ym1) já foram
calculados, montar a equação1 com C(xc,yc).
tgθ1 =
(ym1 - yc)/(xm1-xc) => equação 1
A declividade de n2 (tgθ2) e o ponto M2(xm2,ym2) já foram calculados,
montar a equação2 com C(xc,yc).
tgθ2 = (ym2 - yc)/(xm2-xc) => equação 2
Etapa5: resolver o sistema de
duas equações e duas incógnitas.
xc = ? e yc = ? (só substiruir os dados nas fórmulas)
3. Teorema de Tales:
Se
duas retas são transversais a um
conjunto de duas ou mais
retas paralelas, então a razão entre os comprimentos de
dois segmentos quaisquer determinados
sobre uma delas é igual a uma
razão entre os comprimentos dos segmentos correspondentes
determinados sobre a outra.Podemos combinar vários
tamanhos de segmentos correspondentes formando assim várias
proporções diferentes.
IMPORTANTE: embora
duas retas transversais a várias retas paralelas determinam vários
triângulos semelhantes pelo caso AAA, porém, a razão entre os lados
homólogos é necessariamente igual apenas entre dois triângulo
semelhantes pelo caso LAL.
Semelhança de triângulo pelo caso AAA é diferente de semelhança pelo
caso LAL.
3.1. Caso de Semelhança de
Triângulos:
Através do Teorema de Tales notamos que dois triângulos são semelhantes
quando possuem os três lados proporcionais e consequentemente os três
ângulos congruentes ou iguais.
Conforme figura acima além da semelhança de triângulo retângulo (azuis
e amarelos) temos a semelhança dos triângulos quaiquer ΔPAC e ΔPBD.
Casos deSemelhança:
- Caso LLL ou AAA. Dois triângulos são semelhantes se possuem os lados
homólogos proporcionais e consequentemente os ângulos
correspondentes são congruentes.
- Caso AA, como a soma dos ângulos interno de um triângulo
são 180º, basta que dois triângulo tenham dois
ângulos congruentes ordenadamente para serem semelhantes. Caso AA
que na verdade é o próprio caso AAA.
- Caso LAL. Dois triângulos que possuem dois lados homólogos
proporcionais e o ângulo entre eles congruente são
semelhantes. Neste caso para dois triângulos
retângulos semelhantes (LAL) as duas hipotenusas
estão em linha reta.
Obs:
- Lados homólogos de dois triângulo: opostos ao mesmo ângulo.
- LAA ou AAL => mesmo que AAA (somatórias ângulos interno =180º).
- LLA ou ALL (não é semelhança).

3.2. Determinantes
Montemos uma matriz com os numeradores na primeira linha e
denominadores na segunda linha da proporção formada entre
duas linhas concorrentes transversais a duas retas paralelas.
O produto dos extremos (a e d) é igual ao produto dos meios (b e
c) cuja subtração entre ambos é o determinante da
matriz montada.
Conclusão:
Determinante
igual a zero significa uma reta.
Cada proporção matém o mesmo determinante.

3.3. Proporção da Soma ou Diferença no Teorema de Tales
A figura abaixo tem o mesmo princípio da figura anterior (semelhança de
triângulos), acrescenta-se
mais uma reta transversal na figura anterior, r3:

Determinante da Proporção

Exemplo:

Obs
1:
Duas retas não coincidentes e não
paralelas Formam Um Sistema De Duas Equações
ax + by = c
a'x + b'y = c'
Cada equação do sistema representa uma reta no plano catesiano.
Casos possíveis.
- Sistema
Possível e Determinado:
a/a' ≠ b/b'
Duas retas que não são paralelas nem coincidentes, são portanto
concorrentes, há um ponto em comum.
- Sistema
Possível e Indeterminado:
a/a' = b/b' = c/c'
Há infinitos pontos em comum, ou seja, retas coincidentes.
- Sistema
Impossível e Indeterminado:
a/a=b/b'≠c/c'
Representa duas retas paralelas, não há nenhum ponto solução do sistema.